Destaques Arquivo MPR #38
«In Memoriam».
Entre os documentos que integram o arquivo do Presidente Sidónio Pais, encontramos uma brochura do Ministério das Obras Públicas publicada por ocasião da inauguração do Panteão Nacional (Igreja de Santa Engrácia) em comemoração do 40.º aniversário da Revolução Nacional de 28 de maio de 1926.
Presentes à cerimónia da bênção do monumento estiveram o cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Gonçalves Cerejeira, o Presidente da República, Américo Tomás, o presidente do Conselho, António de Oliveira Salazar, o ministro das Obras Públicas, Eduardo de Arantes e Oliveira, outros membros do Governo e diversas altas individualidades.
Desde a sua fundação em 1568, até à conclusão das obras, em 1966, foram muitas as dificuldades que marcaram a construção da Igreja de Santa Engrácia. Edifício de grandes proporções, com modelo centralizado definindo uma planta de cruz grega (planta quadrada), evoca o templo italiano de San Pietro in Montorio, em Roma, e San Satiro em Milão, da autoria de Donato Bramante.
Em 1916, a igreja passa a ter a função de Panteão Nacional – homenageando a vida e obra das personalidades aí sepultadas.
Quando da sua inauguração, a 7 de dezembro de 1966, foram aí depositados, nas salas tumulares do templo, os restos mortais de Teófilo Braga, Sidónio Pais, Óscar Carmona, Guerra Junqueiro, Almeida Garrett e João de Deus. A nave central ficou destinada à evocação memorial de Camões, Vasco da Gama, D. Nuno Álvares Pereira, Afonso de Albuquerque, Pedro Álvares Cabral e do infante D. Henrique.
Por ter demorado tanto tempo a ser construída, entrou no vocabulário popular a expressão «parecem as obras de Santa Engrácia», para designar qualquer projeto que demora muito a ser concretizado e nunca se dá por acabado.
Folheie a brochura completa no Arquivo dos Presidentes – MPR.