Palácio Nacional de Belém

Com mais de 500 anos de história, o Palácio Nacional de Belém é, desde a implantação da República, a residência oficial do Presidente da República Portuguesa.

O seu primeiro proprietário foi D. Manuel de Portugal, filho dos condes de Vimioso. No século XVI, construiu um primeiro palácio, mais pequeno, cuja área corresponderá às atuais salas protocolares. Manteve-se na mesma família até 1726, ano em que o Rei D. João V comprou toda a propriedade ao 3.º conde de Aveiras, descendente do primeiro proprietário, assim como várias quintas próximas. A partir de então, passou a ser morada para temporadas da família real. Excecionalmente, alguns soberanos chegaram mesmo a residir na Real Quinta de Belém: D. Catarina de Bragança, já depois de ter enviuvado de Carlos II de Inglaterra; D. Maria II e o marido, D. Fernando II, entre 1844 e 1846; D. Carlos e D. Amélia, ainda príncipes, quando casaram.

Com a implantação da República, o Palácio ganhou um novo protagonismo, ao ser escolhido para residência oficial do Presidente. À luz dos princípios igualitários do novo regime, todos os Presidentes que durante a I República (1910-1926) optaram por morar no Palácio de Belém, pagaram uma renda mensal, inicialmente de 100 escudos. Tal aconteceu, por exemplo, com Manuel de Arriaga e Bernardino Machado, ou Teixeira Gomes, que pagou um valor, entretanto, aumentado. Esta imposição só foi revogada em 1928.

Nos últimos 100 anos, muitos melhoramentos se fizeram no Palácio e nos jardins. A valorização de todo o conjunto, com 2,5 hectares, culminou na classificação como monumento nacional, em 2007, abrangendo também os 7,5 hectares do Jardim Botânico Tropical, a mesma Real Quinta de Belém até 1910.

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O Outeiro de D. Manuel de Portugal, propriedade que está na origem do atual Palácio de Belém, encontra-se por baixo da inscrição «Betheleem». Pormenor da gravura publicada na obra «Civitates orbis terrarum». Fachada do Palácio Belém virada ao rio Tejo. Durante a Monarquia, o Palácio foi usado, quase sempre, para a família real passar temporadas. Lisboa antiga: Palácio Real de Belém. Em primeiro plano, o cais; à direita, o Picadeiro Real, obra do Rei D. João VI (1789). O Palácio de Belém visto do lado poente. No centro da fachada encontra-se hasteado o Pavilhão Real, sinalizando a presença do Rei D. Carlos. É visível a obra de elevação de um piso na ala norte do Palácio, para instalar o ateliê de pintura de D. Carlos. Fachada sul do Palácio de Belém, virada ao rio Tejo. Ao centro, o mastro para o Pavilhão Presidencial. Jardim do Buxo do Palácio de Belém. Na fachada do Palácio encontra-se içado o Pavilhão Presidencial — a bandeira exclusiva do Presidente da República e que sinaliza a sua presença.