António de Spínola

No seguimento da Revolução de 25 de abril de 1974, o general António de Spínola foi nomeado Presidente da Junta de Salvação Nacional, e em 15 de maio seguinte tomou posse como Presidente da República. Renunciou ao cargo em 30 de setembro do mesmo ano.

Em 1979, o secretário-geral da Presidência da República convidou o pintor e ilustrador Manuel Lapa a retratar António de Spínola. O artista faleceu quando tinha feito apenas um esboço preparatório a carvão. Francisco Lapa, seu filho, ofereceu-se para executar a obra.

O retrato foi realizado a partir de fotografias do antigo Presidente e do Palácio de Belém. Francisco Lapa demorou dois meses a concluir a obra. No final, António de Spínola deslocou-se ao ateliê, pela primeira vez, e aprovou o retrato. Em 1987 foi retirado da Galeria, por ser considerado obra naïf, era então Presidente da República Mário Soares. O artista Jacinto Luís pintou um novo retrato. Com a inauguração do Museu da Presidência da República, em outubro de 2004, houve lugar a nova substituição, voltando a figurar, na Galeria, o retrato de Francisco Lapa. O óleo de Jacinto Luís conserva-se na coleção do Museu.

De pé, na praça Afonso de Albuquerque, o então general Spínola, mais tarde marechal, usa medalhas militares e o colar da Ordem da Torre e Espada, grau de Grande-Oficial. Ao fundo surge o Palácio de Belém, com a bandeira exclusiva do Presidente da República hasteada, oficialmente designada «Pavilhão Presidencial». Trata-se do único retrato da Galeria que representa o Presidente no exterior.