Carlos Reis
Carlos Reis (Carlos António Rodrigues dos Reis; Torres Novas, 1863 – Coimbra, 1940)
Paisagista e retratista, formou-se na Escola de Belas-Artes de Lisboa, que frequentou entre 1881 e 1889; aí foi discípulo de Silva Porto, Simões de Almeida e Miguel Ângelo Lupi. Prosseguiu estudos custeados pelo Rei D. Carlos, seu amigo. Entrou na École des Beaux-Arts, em Paris, com uma bolsa do Estado. Foram seus mestres Léon Bonnat, retratista, e Joseph Blanc, famoso na Pintura Histórica. Regressado a Portugal em 1895, concorreu para a cadeira de Paisagem, entretanto vaga pela morte de Silva Porto. Tratou temas nacionalistas, tanto na figuração de cenas e costumes como no retrato. Contribuiu para a fundação da actual Sociedade Nacional de Belas-Artes. Foi diretor do Museu de Arte Antiga em 1905 e primeiro director do Museu de Arte Contemporânea (1911-1914).
Recebeu inúmeras distinções: Medalha de Ouro na Exposição Internacional de Dresda e de Barcelona em 1897, Grand Prix no Rio de Janeiro, em 1919 e 1922, Medalha de Primeira Classe, em 1902, e Medalha de Honra, em 1906, da Sociedade de Belas-Artes. Pintou, em 1929, o retrato do Presidente do Brasil, Epitácio Pessoa. Pouco antes da sua morte foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem de Santiago da Espada.
Carlos Reis retratou Gomes da Costa em 1899.